quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Bola de Neymar é tesouro de família na busca de casa para morar

Marcelo Freitas vive com a mulher e os quatro filhos numa casa de madeira, no bairro do Pratinha, em Belém. No local, de pouco menos de 16 metros quadrados, há um tesouro. O pintor, que não tem trabalho fixo e, portanto, sobrevive de “bicos”, foi o felizardo que pegou a bola chutada por Neymar para a arquibancada do Mangueirão ao fim do treino da Seleção Brasileira, na última segunda-feira, antes da partida contra a Argentina. Assim, caiu literalmente do céu a chance para que ele e sua família concretizem o sonho de novamente ter um lugar para morar, já que o atual lar está com os dias contados.
Um dia antes de ir com o filho Marcelinho, de 14 anos, ao treino da Seleção, Marcelo recebeu a visita de um advogado. O comunicado foi de que o terreno onde a sua e outras 63 famílias moram, no Pratinha, foi recuperado pelo dono na Justiça. Há sete meses o pintor comprou a casa, localizada num território invadido por sem-terras. Ela custou R$ 300 e mais uma televisão de 14 polegadas. Assim, com a bola nas mãos, logo surgiu a ideia de vendê-la pela internet e, com o dinheiro, garantir um novo lugar para morar.
Marcelo garante que logo que agarrou a bola, sentiu que poderia ter ali o que ele mesmo define como “luz no fim do túnel”.
Sem dinheiro para pagar pelo ingresso para o clássico entre Brasil e Argentina, o pintor assistirá pela televisão de sua casa.

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