terça-feira, 26 de abril de 2011

Alckmin diz que 'só falta resolver questão do terreno' para Copa em SP

Um dia depois de o ministro do Esporte, Orlando Silva, dizer que estava preocupado com o andamento das obras na cidade de São Paulo para a realização da Copa do Mundo de 2014, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), disse que os investimentos que cabem ao governo paulista estão em ordem e que o cumprimento do prazo depende do atendimento a exigências do Ministério Público.
- O caminho é que a abertura da Copa do Mundo seja no estádio do Corinthians, lá em Itaquera. Todo o modelo está formulado. A parte do governo do estado, que são as obras para o polo institucional da Zona Leste, já foi assinada. Os recursos estão liberados. É só agora resolver a questão do terreno. A informação que eu tenho é que está para se resolver nos próximos dias com o Ministério Público. E aí as obras estarão prontas, sim, para oferecer as melhores condições para a abertura da Copa do Mundo, para o congresso da Fifa e para o encontro internacional de mídia - disse Alckmin.
Mais cedo, o prefeito da capital paulista, Gilberto Kassab, disse que a manifestação do ministro não foi um “puxão de orelha”. Kassab afirmou que a preocupação do ministro é compreensível. O comentário foi feito no fim da manhã durante evento que apresentou a nova Secretaria Especial de Articulação para a Copa. O titular da pasta é Gilmar Tadeu Ribeiro Alves, do PCdoB, mesmo partido de Orlando Silva.
- É compreensível a expectativa do ministro. É uma responsabilidade muito grande, se trata do maior evento do mundo, em especial o jogo de abertura. Nós estamos muito confiantes, muito tranquilos. Todas as ações estão sendo coordenadas, já estão em implantação. Não foi um puxão de orelha, foi uma manifestação correta de preocupação em relação a diversas cidades. Portanto, é mais do que compreensível - disse Kassab.
O ministro disse neste domingo, em Belo Horizonte, que autoridades paulistas lhe disseram que a cidade não ficaria pronta para a realização da Copa das Confederações, um ano antes da Copa do Mundo, em 2013. O torneio é visto como um treinamento para o mundial de futebol.
- Quem me comunicou que o estádio de São Paulo está fora da Copa das Confederações foram as autoridades locais, porque o plano, o prazo de execução da obra, vai além de meados de 2013. Então é um assunto que revela o não cumprimento desse compromisso, um risco importante. Todas as cidades brasileiras, as prefeituras e os governos estaduais resolveram esse problema, espero que São Paulo também resolva - disse o ministro.

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