terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Ronaldinho tem a missão de repetir sucesso recente da volta de astros

 O Ronaldinho que chega ao Rio guarda distância interplanetária daquele que deixou o Grêmio em 2001. A curva na carreira, no entanto, é descendente. Mas a expectativa é de bom retorno de mídia e resultados marcantes em campo, como aconteceu com outras voltas recentes de astros ao futebol brasileiro.
Se o sucesso de renda e público é garantido, o mesmo não vale em relação ao sonho que Ronaldinho alimenta de voltar para a Seleção e disputar a Copa de 2014. Das estrelas que voltaram recentemente ao país com esta meta, só Robinho conseguiu vestir a amarelinha – e mesmo assim já era um dos homens de confiança de Dunga quando trocou o Manchester City pelo Santos no primeiro semestre do ano passado. Ronaldo seguiu afastado das convocações, Fred continuou esquecido. Roberto Carlos se firmou no Corinthians mas, mesmo com apelos de torcedores, não conseguiu disputar mais uma Copa. Adriano se afundou em escândalos e se viu trocado pelo improvável Grafite na África do Sul.
Todos esses, porém, deram retorno de sobra a seus clubes. Roberto Carlos, eleito melhor lateral-esquerdo do Brasileiro de 2010, deve agradecer sua tranquila aposentadoria no Timão ao amigo Ronaldo. O sucesso do Fenômeno deixou claro para a diretoria que valeria a pena investir em um nome consagrado, mesmo que em fim de carreira. Ronaldo era dado como acabado para o futebol em 2008. Com mais uma operação no joelho, treinava na Gávea com peso de ex-jogador. Os problemas com a balança continuaram no Parque São Jorge, as lesões também foram frequentes, mas os corintianos não têm do que reclamar.
O sistema de som, o tapete no gramado, os fogos, toda a pompa da chegada de Ronaldo ao clube foi compensada. O clube conquistou um Paulista e uma Copa do Brasil com o Fenômeno brilhando. Isso sem contar o retorno comercial. Não é à toa que Andrés Sanchez ofereceu R$ 1,8 milhão por mês a Ronaldinho Gaúcho – cifras próximas ao que Ronaldo recebe atualmente.

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